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Com Emater-PA, mulheres rurais de Peixe-Boi recebem crédito rural pela primeira vez


A atuação presencial da Emater tem encaminhado e intermediado soluções para as demandas de regularização fundiária e ambiental


14/08/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater/PA - Por Aline Miranda


Foto - Reprodução Emater-PA


Pela primeira vez, por meio de projetos elaborados pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Peixe-Boi, no Rio Caeté, mulheres da Comunidade do Cedro, no Km 2 da rodovia PA-242, limite com Nova Timboteua, irão usufruir de crédito rural em seus próprios nomes, para expandirem as lavouras de mandioca e melhorarem a estrutura das casas de farinha. 


A previsão é que até o fim de agosto Maria Izabel Silva, de 42 anos, e Joice Peixoto, de 21 anos, mãe e filha, recebam cada uma cerca de R$ 10 mil, pelo Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMO) do Banco da Amazônia (Basa). 


As beneficiárias representam, respectivamente, a terceira e quarta geração de uma mesma família que reside naquele território há mais de meio século, a partir da chegada do casal patriarca, Raimundo e Josefa Ribeiro. Herdeiros da posse, porém sem titularidade da propriedade, os 11 filhos e mais netos e bisnetos amargaram um limbo de políticas públicas rurais por duas décadas. 


Desde 2023, a  atuação presencial da Emater ali tem encaminhado e intermediado soluções para as demandas de regularização fundiária e ambiental, em parceria com o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), com a Prefeitura e com Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). No fim de julho, a Emater entregou 11 cadastros ambientais rurais (CARs) e 11 cadastros nacionais da agricultura familiar (CAFs). Na atualidade, cada subnúcleo familiar trabalha em áreas entre cinco a sete hectares. 


“Este é um momento histórico na Comunidade, porque reabre as portas da políticas públicas e legitima a existência dessa grande família, que cresce com os novos membros, em um processo natural das novas gerações. Quando as mulheres e a juventude passam a ser reconhecidas pelo Estado, quando entram na lista da oficialidade de que lhes é de direito, e aí eu destaco o CAFe o CAR, isso valoriza a tradição e diminui os riscos de êxodo rural”, pontua o chefe do escritório local da Emater em Peixe-Boi, o técnico agrícola Thomáz Wellington Nascimento. 



No retiro de Maria Izabel Silva, a produção de farinha d’água em dois fornos artesanais ultrapassa uma tonelada por semana. “E a gente pretende aumentar”, diz. O crédito rural servirá sobretudo para dobrar o tamanho da roça. Ainda, junto com o marido, José Souza, de 44 anos, ela prepara-se para voltar a criar porcos. 


“A Emater é a melhor coisa que há. Ajuda bastante. Veio nos dar as mãos e nunca mais soltou. Hoje nossos planos reviveram e a gente consegue olhar pras atividades com visão de empreendedorismo, porque as oportunidade são reais”, festeja. 


Com o CAF emitido pela Emater, por exemplo, a  caçula, Maria Letícia Souza, de 19 anos, grávida de um mês, também poderá ter acesso ao auxílio-maternidade rural, ante o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).


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