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Emater-DF: Oficina de Hortas Urbanas e Hortos Medicinais une saúde e agricultura no CAPS II da Asa Norte
Oficina capacita profissionais da saúde para implantar e cuidar de hortas terapêuticas em unidades do DF
31/07/2025 | Assessoria de comunicação - Emater/DF
Reprodução - Emater/DF
A Emater-DF, em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, deu início nesta terça-feira (29) à Oficina de Hortas Urbanas e Hortos Medicinais, promovida no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Brasília, na Asa Norte. Este é o primeiro de quatro encontros práticos voltados à capacitação de servidores da saúde que atuam com hortas em suas unidades. A oficina faz parte das ações do programa Brasília Verde de Agricultura Urbana e Periurbana da Emater-DF, que oferece assistência técnica e apoio para hortas urbanas e periurbanas no DF.
A programação da oficina inclui atividades como preparo de canteiros, irrigação, compostagem, plantio de mudas, adubação, tratos culturais e controle de pragas e doenças. Além das atividades práticas, haverá também uma aula teórica sobre ervas para chás e plantas tradicionais e um possível quinto encontro, para avaliar o resultado da compostagem que será ensinada na prática.
O extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais, que ministrou esse primeiro encontro, destacou que, além da entrega de ferramentas, sementes e adubos, o foco principal da atuação da empresa é a orientação técnica. “A orientação é a parte mais importante desse trabalho. Percebemos que há grande preocupação com a qualidade dos alimentos, especialmente sobre o uso de esterco e possíveis contaminações, por exemplo. Essa preocupação, embora relevante, deveria ser secundária em relação ao uso de agrotóxicos”, explica Morais. “Mostramos que é possível produzir hortaliças de maneira tradicional, como faziam nossos antepassados, sem o uso de agrotóxicos ou adubos químicos, otimizando os recursos que temos. E isso é possível com uma boa orientação técnica”, completou.
Profissionais de várias formações participam da atividade e colocam a mão na massa
A psicóloga do CAPS II, Claudia Feres, destacou a importância da horta como ferramenta terapêutica no cuidado à saúde mental. “O trabalho com a horta é muito rico. Terapeuticamente, como psicologia, eu acho maravilhoso. Eu adoro acompanhar o trabalho dos pacientes na horta. Esse ciclo da vida de plantio, espera, colheita, começos e recomeços faz muito sentido na história deles. É mais do que um simples plantio”, afirma.
A oficina reúne profissionais de diversas áreas da saúde, como psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, psiquiatras e pediatras. “Todos estão aprendendo a botar a mão na massa e montar a horta, para depois reproduzir essa experiência em suas unidades”, destaca Claudia, que teve sua primeira experiência com plantio de hortas quando trabalhava em Sobradinho, onde recebeu assistência do escritório local da Emater-DF na cidade.
Um exemplo é a médica e gerente da Policlínica do Lago Sul, Rokia Sanogo, que iniciou uma horta medicinal com o objetivo de promover qualidade de vida entre os servidores. “Estou aqui com mais dois colegas para adquirir um conhecimento mais embasado e dar continuidade ao nosso projeto”, afirma. “Tem sido uma experiência muito positiva e temos conseguido aprimorar nossas práticas”, completa a gerente.
“O que buscamos, nessa parceria com as escolas e unidades de saúde, é apoiar a implantação e manutenção dessas hortas. Então vamos ensinar alternativas para o controle de pragas e doenças, como formigas e lagartas, e mostrar que é possível produzir alimentos saudáveis com recursos simples e naturais”, conclui Carlos Mora