Em evento da Faser, vice-presidente da região Sul da Asbraer afirma que Ater Pública impacta toda a sociedade brasileira

 Mara Saalfeld, vice-presidente da região Sul da Asbraer e presidente da Emater/RS-Ascar mostrou a necessidade de investir na Ater Pública para benefício de todo o país

11/04/2024 | Ascom Asbraer | Juliana Silva

Reunião Conselho deliberativo da Faser, na Epagri-SC

Na tarde desta quarta-feira (10/04) aconteceu a reunião do Conselho Diretor da Faser (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesquisa, do setor Público Agrícola do Brasil), na Epagri, em Santa Catarina, e contou com a participação da vice-presidente regional da região sul da Asbraer, Mara Saalfeld (Emater/RS-Ascar).

Na ocasião, a representante da Asbraer falou sobre a Ater Pública e suas contribuições para a construção do Brasil e ponderou sobre a necessidade de valorização e aporte de recursos para a manutenção e ampliação dos serviços de qualidade ofertados pela Ater Pública.

Mara mostrou que a Ater Pública vai muito além da assistência técnica, ela fornece um acompanhamento continuado, entendendo a demanda das famílias agricultoras e criando vínculos. O que permite que seja a Ater Pública a instituição que faz a implementação das políticas públicas tanto municipais, quanto estaduais e, principalmente, federais nas propriedades rurais. “É importante o MDS [Ministério do Desenvolvimento Social] estar aqui nesse evento para que saiba que todas as políticas sociais que são levadas ao agricultor é feita pela extensão rural pública. Os produtores do interior não tem o mesmo acesso às políticas públicas sociais da cidade e quem faz esse trabalho é a extensão rural. Nós viemos prestando às famílias, por meio da equipe multidisciplinar, fomento às atividades produtivas e assessorando na perspectiva de acesso às políticas públicas e na garantia de direitos deles”, afirmou.

Estiveram presentes no evento, também, o presidente da anfitriã Epagri/SC, Dirceu Leite, o secretário da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Valdir Colatto, o coordenador geral da Faser, José Cláudio Fidelis, o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Santa Catarina, José Fritsh, o deputado estadual José Milton Scheffer, a gerente de projetos da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Márcia Muchagata e o presidente da Federação das Associações dps Funcionários da Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (FAPER), Osnei Muniz.

Recurso Federal

A vice-presidente regional da Asbraer avaliou a importância do aporte de recursos do Governo Federal para as instituições governamentais de assistência técnica e extensão rural, visto que são elas quem implementam as políticas públicas federais. No entanto, a realidade vem na contra-mão da necessidade, visto que a cada ano a Ater Pública recebe menos recurso federal. “Ano passado o Rio Grande do Sul, por exemplo,  recebeu 0,20% dos seus recurso oriundos do Governo Federal. É preciso rever isso e saber como entra esse dinheiro do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] pra Anater e como é distribuido”.

No segundo semestre de 2023, a Asbraer reuniu-se com o ministro Paulo Teixeira, do MDA, onde questionou sobre os recursos de Ater. Na ocasião, o ministro solicitou à Associação que apresentasse proposta apontando de onde tirar dinheiro para financiar a Ater Pública. Em 20 dias a Asbraer entregou a proposta em mãos ao ministro indicando de onde retirar R$ 78 milhões. O ministro ficou de avaliar e se reunir com a Asbraer para uma devolutiva. A Associação ainda não obteve resposta e permanece no aguardo da remarcação da reunião com o ministro Paulo Teixeira.

O impacto da Ater Pública na Sociedade

Existem 28 instituições públicas de assistência técnica e extensão rural no país com uma cobertura de 100% do território nacional. São 20.018 extensionistas e destes 13.690 estão em campo com visitas regulares às famílias. A Ater Pública possui a maior capilaridade, conseguindo chegar onde ninguém mais chega. Por isso, são essas instituições que dão suporte a outras para alcançar comunidades mais distantes e isoladas, como ocorreu na pandemia, por exemplo.

Além disso, a Ater Pública fornece uma assistência com princípios, obedecendo a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, o respeito à cultura e às tradições regionais, a diversificação e a diversidade, observadas as condições da região, do território, do bioma e da sazonalidade dos alimentos, o uso consciente de fertilizantes e prezando pela saúde e pela qualidade dos alimentos que chegam na sociedade.

Por ser a Ater Pública a instituição que está junto do agricultor implementando as políticas públicas federais e dando suporte para seu acesso, é também a Ater Pública que possibilita que estudantes de escolas públicas tenham a garantia de alimentos saudáveis por meio do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), além de combater a fome com a atuação no PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e a produção de alimentos para as Cestas Básicas para o Plano Brasil Sem Fome.

Com toda esse impacto social que a Ater Pública exerce em toda a população Brasileira existe um enorme ganho social. Em média, a cada R$1,00 investido em Ater Pública R$10,00 retornam para a sociedade. Uma mostra de que investir em Ater Pública é beneficiar todo o Brasil.

Por isso, a Asbraer vem lutando pelo fortalecimento das instituições públicas de Ater e pesquisa agropecuária e na busca de recursos que amplie esse atendimento. Porque a Asbraer sabe que esse investimento é a garantia de uma sociedade mais desenvolvida social e economicamente, com sustentabilidade e justiça social.