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Delegação internacional visita propriedade em Sobradinho (DF)
O encontro reuniu representantes de 13 países para conhecer sobre as políticas públicas de compras de alimentos da agricultura familiar
31/05/2023 | Assessoria de Comunicação - Asbraer | Ana Karoliny Barros
Uma delegação composta por 13 países (Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela) visitou, nesta sexta-feira (26), a Associação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Astraf), no Assentamento Chapadinha, localizado no Lago Oeste, em Sobradinho (DF).
O objetivo foi conhecer o sistema e as políticas públicas de compras de alimentos da agricultura familiar, em especial o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Os trabalhos que vocês [participantes da visita] vão ver aqui, respeitando as particularidades de cada estado e região, são replicados em nível nacional”, explicou a diretora executiva da Asbraer, Mariana Matias.
A visita foi conduzida pela Emater-DF, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A Asbraer também participou do encontro e intermediou o contato entre as instituições.
O grupo, composto por 43 participantes estrangeiros, conheceu também a propriedade do agricultor e presidente da Astraf, Anaildo Porfírio. Ele e a família produzem morango, abobrinha, couve, mamona, banana e outras culturas nativas do cerrado. Toda a produção é orgânica e vendida para as escolas do Distrito Federal e Entorno através do PNAE. Com os morangos, a produtora Ivone Machado produz geleias. Ela e Anaildo também comercializam a produção na Ceasa-DF, todos os sábados, pela manhã.
PNAE
As políticas públicas são essenciais para o fortalecimento e o desenvolvimento da agricultura familiar. Por meio da assistência técnica e da extensão rural, os produtores familiares têm acesso a elas e são inseridos no mercado.
A extensionista rural da Emater-DF, Bruna Heckler, explicou que o PNAE foi construído com a interação entre os órgãos executores e compradores. A Emater é quem realiza essa ponte de contato. “Desde o início, a gente tentou trazer a realidade dos agricultores para quem precisava comprar. Sugerimos adaptações nos cardápios. Eles compravam, por exemplo, muita maçã, mas, no Distrito Federal, não tem produção de maçã. Então, a gente sugeriu a introdução do morango, da goiaba e outras hortaliças para compor o cardápio”, afirmou.
Luiz Rocha, que também é extensionista da Emater-DF, destaca que – com assistência técnica – produzir se torna mais fácil e a dificuldade passa a ser vender a produção. O PNAE e outras políticas públicas de compras de alimentos da agricultura familiar transformaram essa realidade, possibilitando a venda dos alimentos e aumentando a permanência dos jovens no campo.
“Você vê a agricultura familiar sendo inserida no mercado e o programa tem essa intenção. Muitos agricultores que começaram dentro do programa de compras institucionais, entre eles o programa de alimentação escolar [PNAE], hoje caminham com as próprias pernas. [...] Eles ganharam o mercado”, concluiu Luiz.