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Emater/RS-Ascar orienta produtores sobre riscos da Raiva Herbívora


O objetivo é fomentar a vacinação e monitorar o rebanho


30/05/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater/RS


Foto - Reprodução Emater-RS

Com o alerta sanitário desde fevereiro de 2024 sobre o Rio Grande do Sul, segue sendo detectada a presença de morcegos hematófagos em localidades do meio rural do Rio Grande do Sul. As últimas ocorrências registradas pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) são do início e final de maio, no Norte do Estado, quando foram notificados dois novos focos de raiva herbívora transmitida por morcegos, o que aumenta os riscos para a saúde animal e humana. Para evitar novos focos e a morte de animais, técnicos da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Seapi, têm intensificado ações de orientação junto aos produtores. O objetivo é fomentar a vacinação e monitorar o rebanho, localizando as colônias de morcegos para comunicar as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs), a fim de adotar práticas de controle que evitem a transmissão da raiva herbívora.

​As ações são conduzidas pela Seapi, através do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) e do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), que pertencente ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), com apoio da Emater/RS-Ascar. "A vacinação e, principalmente, o monitoramento constante do rebanho por parte dos produtores são essenciais para prevenir surtos e ataques de morcegos nos animais e proteger a produção pecuária", destaca Carlos Roberto Viera da Cunha, médico veterinário, responsável pela área de Defesa Sanitária Animal da Emater/RS-Ascar na região de Porto Alegre.

​As orientações de prevenção e registro de casos de raiva incluem palestras, visitas técnicas e distribuição de materiais educativos, que destacam a importância da notificação imediata em casos suspeitos de mordeduras em rebanhos ou morte de animais com sintomas neurológicos. A atuação técnica vai desde a educação sanitária, com o foco em orientar produtores sobre os sintomas e a prevenção da raiva.

​O papel da inspetoria veterinária é destacado como central no processo de monitoramento e contenção da doença. No entanto, a comunicação por parte dos produtores e pecuaristas ainda é um desafio. "Muitas vezes, nós, da Emater, somos o elo entre o produtor e a inspetoria. O produtor não tem contato direto com o serviço, e nós fazemos essa ponte, para comunicar suspeitas e acionar o protocolo de diagnóstico e controle", explica Cunha, ao ressaltar que a confirmação da raiva é feita pelo laboratório do IPVDF, onde são analisadas amostras cerebrais dos animais mortos. "A partir da confirmação, ações de vacinação e conscientização nas áreas afetadas ficam mais intensas", diz o extensionista.

​SINAIS DE ALERTA
​A detecção e o georreferenciamento das colônias de morcegos hematófagos são fundamentais para o controle populacional. Em situações de surtos, equipes especializadas, utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), capturam os morcegos, aplicando pasta anticoagulante em alguns indivíduos e, em seguida, soltando-os de volta à colônia. O veterinário explica que, devido ao comportamento social e à prática de lambedura mútua, a pasta é facilmente transmitida entre os morcegos, contaminando-os e, assim, auxiliando no controle da população.

​O morcego hematófago alimenta-se de sangue, de preferência de animais de grande porte, como bovinos e equinos. Sua atividade é noturna, e os sinais mais evidentes de sua presença incluem feridas circulares superficiais. "Onde há mordedura, há risco. O produtor tem a obrigação sanitária de comunicar os órgãos especializados. Só assim é possível fazer o georreferenciamento dos abrigos e criar uma estratégia de controle", alerta Vieira.

​PREVENÇÃO E CONTROLE
​Como a raiva pode passar para o ser humano, a principal medida preventiva continua sendo a vacinação, em especial nas regiões onde há registros da doença ou presença de colônias de morcegos hematófagos. A vacinação pode ser realizada pelo produtor durante todo o ano, conforme recomendação dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar e das IDAs.

​Os morcegos, de modo geral, desempenham papéis ecológicos fundamentais, como o controle de insetos e a polinização. No caso dos hematófagos, é preciso diferenciar das demais espécies, que não oferecem risco à produção agropecuária. São animais silvestres e estão protegidos pela legislação ambiental. Apenas os técnicos especializados da Seapi têm autorização para manipulação destes animais.

​As ações de educação sanitária realizadas pela Emater/RS-Ascar fazem parte de uma estratégia de cuidado à saúde animal e humana no meio rural, e são feitas através do diálogo direto com os produtores, buscando reforçar a importância do monitoramento constante e da adoção de práticas preventivas que protejam os rebanhos e as famílias do campo.

​Em casos de suspeita da presença de morcegos hematófagos ou de surtos de raiva, os produtores devem informar os órgãos especializados para que sejam tomadas as providências adequadas.


​Foto: André Witt - Divulgação Seapi

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