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Emater-DF: Curso de processamento do gengibre ensina produtores a transformar raiz em doces, conservas e cristais salgados
Agricultores aprendem a agregar valor à produção, com possibilidades para abrir novos caminhos para comercialização da raiz no DF
13/05/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater/DF
Foto - Reprodução Emater-DF
rodutores rurais do Distrito Federal participaram do primeiro curso de processamento artesanal de gengibre promovido pela Emater-DF. A atividade foi realizada no Centro de Capacitação e Desenvolvimento Profissional da empresa (Cefor), com o objetivo de ensinar formas práticas de transformar a raiz em produtos com maior tempo de prateleira e valor agregado.
A iniciativa partiu da demanda crescente da Vargem Bonita — atualmente o maior polo produtor de gengibre do DF — e reuniu 17 participantes de diferentes regiões administrativas. Ao longo do curso, os produtores aprenderam receitas de gengibre cristalizado, bala de gengibre, vinagre, conserva, gengibre em pó e geleias, além dos chamados cristais salgados, novidade que surpreendeu os participantes.

“A ideia é aproveitar a safra do gengibre, que ocorre justamente nessa época, e mostrar alternativas simples e viáveis de aproveitamento integral do produto. Assim, os agricultores podem diversificar seus negócios e gerar mais renda”, explicou a extensionista Janaina Dias, responsável por ministrar o curso que aconteceu na última terça-feira (7).
Produtor em Vargem Bonita e membro da Coopervargem, Rusbek Alcântara participou com entusiasmo da atividade. “A gente já produz muito gengibre, mas agora estou vendo possibilidades novas de comercialização. Gostei demais da bala, da conserva e principalmente do cristalizado. Não é difícil de fazer, e vou aplicar lá na propriedade”, contou.
Já a produtora Maria Rubeneide, do Incra 9, em Ceilândia, viu no curso a chance de unir o gengibre à produção de ervas medicinais. “Sempre tive vontade de aprender. Gostei de tudo: o pó, os cristais, a desidratação. Já estou com vontade de cultivar também, para aproveitar esse aprendizado no meu trabalho com chás e fitoterapia”, relatou.
Novas turmas
De acordo com Janaina, a expectativa é que novas turmas sejam abertas, sempre respeitando o período da safra da raiz, quando o gengibre está mais novo e propício ao processamento. “A safra acontece agora, entre abril e junho. No restante do ano, é possível colher, mas o rendimento e a textura não são os mesmos”, explicou. A iniciativa faz parte da estratégia da Emater-DF de fortalecer cadeias produtivas no campo com foco na agregação de valor, capacitação dos produtores e geração de renda.
