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Emater orienta sobre políticas públicas do Governo do Pará para terreiros religiosos afro
Roda de conversa com mulheres quilombolas praticantes de candomblé, umbanda e tambor de mina fez parte de grade convidada do curso profissionalizante de Assistente Ambiental
12/09/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater-PA | Aline Miranda
Foto: Divulgação/Emater-PA
Nesta quarta-feira (10), 14 mulheres quilombolas da Região Metropolitana de Belém (RMB) e de municípios do nordeste paraense foram convidadas pelo escritório em Belém da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para debater sobre as políticas públicas que o Governo do Pará desenvolve em templos de matriz afrodescendente, como candomblé, umbanda e tambor de mina, e em comunidades remanescentes de quilombos.
A roda-de-conversa “Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para os Povos Tradicionais de Matrizes Africanas e Terreiros (Potma)", conduzida pelo engenheiro agrônomo da Emater Jader Moura, especialista em Gestão Pública e Agronegócio e mestre em Ciências Agrárias, fez parte da programação pedagógica do curso de Assistente Ambiental, do Senai. Participaram 14 alunas de Ananindeua, Moju e Ourém - todas praticantes religiosas.
“A atuação hoje da Emater em apoio aos Potma é um amplo leque de oportunidades que perpassam valorização e fortalecimento de tradições, combate a racismo, inclusão social, segurança alimentar e abertura de mercados sustentáveis”, resume Moura.
Um dos contextos inovadores promovidos interna e externamente pela Emater, desde 2022, é a Política de Direitos Difusos e Coletivos (PICD).
A agricultora e tecnóloga em geoprocessamento Edinalva Cardoso, de 32 anos, umbandista, moradora da Comunidade do Abacatal, em Ananindeua, e frequentadora da Casa de Rosa Malandra, no mesmo município, conta que ficou sabendo de coisas novas com a interlocução com a Emater: “A Emater apresentou muitas questões relevantes, como a obrigatoriedade de ajuste dos territórios, dos espaços, à legislação ambiental, e de como o CAR [Cadastro Ambiental Rural] elaborado pela Emater ajuda nessa situação. Também pude entender com clareza o que é ‘Prada’ [plano de recuperação de áreas degradadas e alteradas], estudo que a Emater também realiza”, diz.
Cardoso planta açaí e mandioca e cria galinha-caipira. A vontade mais imediata é renovar os sistemas agroflorestais (SAFs) de castanha-do-pará, cupuaçu e uxi, entre outras espécies, e dobrar o número de animais, a fim de poder fornecer carne e ovo para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).