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Palestra da Epagri em Curitibanos orienta sobre controle de pragas do milho


Órgãos de pesquisa como a Epagri buscam alternativas e estratégias de manejo para viabilizar a produção de milho


22/07/2025 | Assessoria de Comunicação - Epagri


Foto - Reprodução Epagri


A área plantada com milho no município de Curitibanos, que por anos se manteve entre 2 mil e 2,5 mil hectares, deve ser inferior a 1 mil hectares na safra 2025/26. Juliana Golin Krammes, extensionista da Epagri no município, é categórica ao afirmar que essa redução drástica decorre da insatisfação dos produtores diante do ataque de pragas, especialmente a cigarrinha-do-milho. 


A queda na produção de milho é uma questão delicada para Santa Catarina, maior produtor de suínos e segundo maior produtor de aves do país, criações cuja alimentação é baseada no grão. O milho na forma de silagem também é utilizado para alimentar as vacas que compõem o rebanho catarinense. O Estado é o quarto produtor nacional de leite. Além disso, o milho tem papel importante na rotação de culturas, empregada para garantir um solo saudável e produtivo. “Todo esse cenário faz com que os diversos órgãos de pesquisa (como a Epagri) busquem alternativas e estratégias de manejo para viabilizar a produção de milho”, argumenta a extensionista. 



Todo esse contexto serviu de base para a realização da palestra técnica sobre “Manejo de pragas em milho”. No dia 9 de julho a Epagri reuniu 87 pessoas, entre técnicos e produtores de Curitibanos e Frei Rogério, para ouvir as  recomendações de seu pesquisador e entomologista Leandro do Prado Ribeiro. O evento foi realizado em parceria com a Bortoluzzi Sementes. 


Segundo o pesquisador, o fator determinante para a redução na população de cigarrinha para o plantio da nova safra é a ocorrência de geadas, que atua na eliminação do milho guaxo. Juliana lembra que tal condição climática ocorreu neste inverno em maior quantidade na comparação com o ano passado. Ele também ressaltou que o tratamento de sementes com inseticida e aplicações sequenciais de inseticidas nas primeiras fases do ciclo da cultura são fundamentais para reduzir a infecção das plantas com as doenças transmitidas pela cigarrinha, bem como para controle do percevejo.


Leandro apresentou o ciclo biológico das pragas, a relação com as condições climáticas e o funcionamento do sistema de infecção das plantas de milho pelas pragas. Falou ainda sobre a escolha de híbridos, manejo do uso de produtos biológicos e a compatibilidade com fungicidas e herbicidas. Por fim, destacou que a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), uma das principais pragas do milho, vem sendo cada vez mais tolerada por híbridos e inseticidas, podendo causar danos significativos à cultura e reduzir a produtividade. O evento também contou com a apresentação dos portfólios das empresas parceiras: Bortoluzzi Sementes, Koppert, Agroceres e Ihara. 


Palestra reuniu 87 pessoas, entre técnicos e produtores de Curitibanos e Frei Rogério

“As orientações passadas pela Epagri visam estratégias de manejo que tragam o maior retorno econômico da cultura aos agricultores, de forma que essa importante cultura se mantenha na região e fortalecendo a agricultura”, pontua Juliana.


Programa Monitora Milho SC combate a cigarrinha


Para combater a cigarrinha-do-milho, a Epagri se uniu a outras instituições no início de 2021 para criar o programa Monitora Milho SC. Durante a safra do milho, o programa coleta informações da incidência do inseto em todo o Estado. Tais informações são divulgadas por meio de boletins semanais, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. 


Os boletins, que retornam em agosto, quando inicia a semeadura do milho em Santa Catarina, são divulgados em um link do site da Epagri e no Epagri Mob, aplicativo que apresenta uma série de funcionalidades, como informações climáticas, controle de doenças em videiras e macieiras, além das tecnologias lançadas pela Epagri. 


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