Logo da ASBRAER
Logo da ASBRAER

REDE DE NOTÍCIAS

NOTÍCIA

Emater-RS: Estratégias de manejo amenizam impactos do frio na piscicultura


Nesse período de inverno, é possível realizar algumas técnicas de manejo, potencializando o desempenho e a sanidade das espécies


02/07/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater/RS


Foto - Reprodução Emater-RS

A chegada do frio aciona o alerta dos piscicultores, pois as baixas temperaturas impactam o metabolismo dos peixes, o que exige maior atenção à reposição hídrica e ao controle da lotação dos produtores. Nesse período de inverno, é possível realizar algumas técnicas de manejo, potencializando o desempenho e a sanidade das espécies.

​"Uma estratégia para aumentar a temperatura média do viveiro é o uso de aeradores, que, ligados nas horas mais quentes do dia, irão misturar a água fria do fundo com a água da superfície que se aquece mais e, com isso, poderemos ter um ganho de até 1⁰C neste ambiente", explica João Alfredo de Oliveira Sampaio, extensionista rural e zootecnista da Emater/RS-Ascar.

​A temperatura da água influencia na vida dos peixes, que precisam se adaptar às mudanças climáticas extremas, ao aquecimento global. Isso impacta na respiração, na alimentação e digestão, bem como na excreção, na movimentação e na reprodução dos peixes.

​TÉCNICAS DE MANEJO


​O frio intenso e as chuvas frequentes durante o outono e o inverno impõem desafios significativos ao setor da piscicultura, afetando o apetite e o crescimento dos peixes, o que impacta na produtividade. Além disso, o excesso de chuvas pode provocar o transbordamento de açudes, a diminuição da qualidade da água e o aumento do risco de doenças, o que justifica a importância do manejo para a sanidade dos viveiros.

​"É importante a limpeza do fundo do viveiro de forma periódica. Para isso é preciso retirar os peixes, secar o açude, desinfetar com cal e com sol e remover o excesso de material orgânico", esclarece o extensionista, ao defender a limpeza como fundamental para garantir a saúde dos peixes e a qualidade da água. "A retirada regular de resíduos orgânicos ajuda a evitar a proliferação de microrganismos patogênicos e a deterioração da qualidade da água, riscos que podem ser agravados pelas chuvas intensas", observa.

​Além disso, é importante monitorar os níveis de Oxigênio dissolvido e o pH da água, que podem sofrer alterações com o acúmulo de matéria orgânica e a possível entrada de água de enxurradas. A manutenção das estruturas, como canais de drenagem, telas de contenção e sistemas de aeração, também deve ser reforçada nesse período, garantindo um ambiente estável e seguro para os peixes.


​SAÚDE MONITORADA

​A má qualidade da água favorece a propagação de agentes causadores de doenças.
​É importante manter o monitoramento constante da água, controle de densidade nos viveiros, quarentena de novos lotes e, se necessário, utilizar ações corretivas.

​Os peixes reagem naturalmente às alterações constantes da temperatura, mas quando essas são muito frequentes, e superam a capacidade das espécies de se adaptarem, causam estresse, que leva à debilidade orgânica, que é o caminho de ocorrência de doenças.

​O estresse térmico deixa os peixes mais vulneráveis a infecções bacterianas, fúngicas e parasitárias, como a saprolegniose (fungo), a aeromoníase (bactéria) e infestações por protozoários. "As temperaturas negativas podem causar debilidade orgânica, o que abre as portas para a queda da resistência e a possível ocorrência de doenças nos peixes", explica Sampaio.

​Com a redução do metabolismo, os animais comem menos. "Naturalmente, os peixes aumentam ou reduzem o consumo de ração em função da temperatura, então é necessário que o criador tenha a sensibilidade de observar isso e ir adaptando o fornecimento de ração, dos subprodutos da produção e do pasto, conforme as necessidades e o período do ano", complementa Sampaio.

​É muito interessante observar o comportamento dos peixes e agir de acordo com as orientações técnicas prestadas pelos extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar, sempre que houver dúvidas e/ou curiosidades.


​Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
​Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues
​Estagiária Giovana Rodrigues
​imprensa@emater.tche.br
​(51) 9 9918-6934
​www.emater.tche.br
​www.facebook.com/EmaterRS
​www.youtube.com/EmaterRS
​Instagram: @EmaterRS


DESTAQUES

Incaper atesta eficiência do 'paper pot' para mudas de café conilon e recomenda dimensões adequadas