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AGERP avança na implantação de unidade de inclusão produtiva na Terra Indígena Rio Pindaré


A ação é direcionada ao povo tentehar/guajajara e representa um passo importante nas políticas públicas voltadas aos povos originários


24/06/2025 | Assessoria de Comunicação - Agerp


Foto - Reprodução Agerp


Com o objetivo de fortalecer a segurança alimentar e promover autonomia produtiva nas comunidades indígenas do Maranhão, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (AGERP) realizou, no começo de junho, discussões para a implantação de uma nova unidade de inclusão socioprodutiva na Terra Indígena (TI) Rio Pindaré, localizada no município de Bom Jardim. A ação é direcionada ao povo tentehar/guajajara e representa um passo importante nas políticas públicas voltadas aos povos originários.


O encontro aconteceu na Aldeia Areinha, reunindo lideranças indígenas, representantes da AGERP e técnicos da região. A unidade será voltada para atividades estratégicas para a segurança alimentar local: a criação de peixes e o cultivo de mandioca e açaí. Essas cadeias produtivas foram escolhidas com base em um diagnóstico participativo, considerando os hábitos alimentares, a viabilidade ambiental e o conhecimento tradicional do povo tentehar/guajajara.


A iniciativa integra o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Indígena, coordenado pela Diretoria de ATER da AGERP, e conta com o apoio da Diretoria de Pesquisa, por meio da Coordenação de Pesquisa Pesqueira e Aquícola, além do suporte técnico do escritório regional da AGERP em Santa Inês.


Segundo os coordenadores do programa, o objetivo da ação é articular conhecimento técnico com saberes ancestrais, buscando soluções que respeitem a cultura indígena e promovam sustentabilidade de longo prazo.


"A gente não está levando um modelo fechado. Estamos construindo com a comunidade um projeto que reflita seus desejos, suas práticas e sua visão de futuro.", afirmou um dos representantes da AGERP durante a reunião.


O líder indígena Fabrício Guajajara reforçou a importância dessa abordagem participativa e do reconhecimento da comunidade como protagonista no processo de desenvolvimento:


“Quando a gente recebe alguém do Governo, a AGERP, por exemplo, que vem apresentar projetos, mas não no sentido de já trazer pronto, mas de nós construirmos juntos, é muito bom. Isso mostra respeito, escuta e compromisso com nosso povo.”


A escolha do açaí, da mandioca e da piscicultura como eixos produtivos não é aleatória. Além de serem alimentos essenciais para a dieta das famílias da aldeia, essas culturas possuem potencial econômico e ambiental. A piscicultura, por exemplo, pode garantir uma fonte de proteína estável e gerar excedentes comercializáveis. Já o cultivo de mandioca e açaí pode ser realizado em sistemas agroflorestais, integrando reflorestamento, preservação de nascentes e geração de renda.


A reunião faz parte de um processo contínuo de acompanhamento técnico, formações e planejamento participativo. Nos próximos meses, a AGERP deve realizar visitas técnicas, oficinas e a estruturação dos primeiros módulos produtivos na aldeia.


Por meio dessa ação, o Governo do Maranhão reafirma seu compromisso com a inclusão socioprodutiva, o respeito aos povos originários e o fortalecimento de uma agricultura familiar baseada na sustentabilidade, na escuta ativa e na valorização das culturas tradicionais.


A AGERP segue trabalhando para que a extensão rural seja instrumento de transformação social, não apenas levando conhecimento técnico, mas construindo juntos alternativas para o bem-viver dos povos indígenas do Maranhão.



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