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Desafios e potencial econômico do cultivo da goiaba no Rio de Janeiro


Os avanços tecnológicos têm permitido o aumento significativo da produtividade


03/12/2024 | Assessoria de Comunicação - Pesagro


Foto - Reprodução Pesagro

NOSSAS FRUTAS


A goiaba se consolidou como cultura estratégica no Estado do Rio de Janeiro, com destaque para a produção em regiões específicas. O município de Cachoeiras de Macacu é hoje o principal polo produtor, fornecendo dois terços da goiaba consumida no estado. Lá, as variedades Pedro Sato, Nomura e Itichio - todas destinadas ao consumoin natura- dominam as lavouras. O município de Itaguaí também se destaca na mesma categoria, enquanto Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, produzem majoritariamente a variedade Paluma, destinada à indústria.  


Segundo Carlos David Ide, pesquisador do Centro Estadual de Pesquisa em Desenvolvimento Rural Sustentável, da Pesagro-Rio, a goiabeira se adapta bem ao clima tropical úmido do estado, podendo ser cultivada em altitudes de até 1.000 metros. “Apesar de ser uma planta rústica, ela responde muito bem ao uso de tecnologia”, ele explica. A exigência por solos profundos e bem drenados reforça a necessidade de boas práticas agrícolas para se obter produção de alta qualidade.  


Os avanços tecnológicos têm permitido o aumento significativo da produtividade. Como destaca Carlos David, o manejo correto é essencial para a saúde da plantação e para garantir frutos durante o ano inteiro. “Não faz sentido cultivar goiaba de qualquer maneira. É preciso escolher uma boa variedade, garantir a irrigação adequada, adubar bem e manter o controle de pragas e doenças por meio de podas regulares.”  


No entanto, as dificuldades no combate a pragas representam grandes desafios para os produtores fluminenses. “As maiores ameaças são o gorgulho e a mosca-das-frutas, ambas causadoras do “bicho de goiaba”. Ele também destaca que, no Norte do estado, a presença de nematoides compromete parte das plantações, embora este problema não seja tão grave em Cachoeiras de Macacu.  


Além das pragas, o cultivo orgânico enfrenta desafios fitossanitários significativos. O controle biológico e o uso de alternativas menos agressivas aos ecossistemas são ainda pouco eficientes em comparação com os defensivos químicos, dificultando a expansão do cultivo sustentável. Essa realidade exige investimentos em pesquisa e tecnologia para superar essas barreiras e promover a produção mais ecológica.  


Com o crescimento da demanda por frutas frescas e a valorização de produtos regionais, o cultivo da goiaba no Rio de Janeiro demonstra grande potencial econômico. Para que o setor se desenvolva de maneira sustentável, será necessário equilibrar tecnologia e manejo ambiental, buscando alternativas mais eficazes para o controle de pragas e ampliando o apoio técnico aos produtores.


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