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Introdução de novas cultivares de goiaba aumentaram produtividade da fruta ao longo dos anos na capital


Liderando o ranking da fruticultura local, espécies disseminadas na região são menos suscetíveis a problemas fitossanitários


09/04/2024 | Assessoria de Comunicação - Emater/DF


Foto: Emater-DF

Desde 2019, goiaba é a fruta mais produzida no Distrito Federal. No último ano, em 2023, a produção chegou a 7.070 toneladas cultivadas em 412 hectares de área plantada. O plantio de novas cultivares menos suscetíveis a problemas fitossanitários, como a Cortibel RG e a Suprema, também conhecida como Tailandesa, e o trabalho de assistência técnica e extensão rural realizado pela Emater-DF junto aos fruticultores, para divulgar e disseminar as novidades, foram determinantes para o crescimento da produção local e a conquista da liderança.

 

 

As variedades Pedro Sato e Paluma foram introduzidas no DF a partir da década de 1980, no entanto, elas apresentaram fragilidades em relação à fitossanidade. Já a Cortibel RG e a Suprema possuem mais resistência a doenças, garantindo assim um ganho significativo para o produtor.

 

Para contribuir ainda mais com esse desempenho, está chegando à região o resultado de um estudo realizado pela Embrapa, que representa a primeira tecnologia muito eficiente quanto ao controle do nematoide-das-galhas, principal desafio da produção de goiaba no Brasil.  Essa pesquisa começou em 2007 e se deu com o melhoramento genético a partir do cruzamento de duas espécies de Psidium:  Psidum guajava, goiabeira, e Psidium guineense, araçazeiro. Portanto, o porta-enxerto BRS Guaraçá é uma planta híbrida, que mistura características das duas espécies.

 

O gerente de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, informa que a tecnologia já está surgindo no DF e as mudas enxertadas prometem evitar que o produtor tenha prejuízos com o nematoide-das-galhas (um parasita). “Os nematóides quando infectam as goiabeiras injetam substâncias tóxicas e sugam nutriente, dessa forma, diminuem a vida útil da planta e causam prejuízos econômicos aos produtores. Nosso trabalho junto aos produtores ajudou a colocar a goiaba na liderança quando sugerimos a substituição dos pomares de Pedro Sato e Paluma por Cortibel RG e Suprema, agora vamos contribuir apontando o porta-enxerto BRS Guaraçá como mais uma alternativa”, declarou o gerente.

 

Qualidade e resistência

 

 

Edson Pinto Corrêa (52) cultiva goiaba desde os 15 anos de idade. Nessa época plantava a espécie Paluma, mas fez a substituição dos pés existentes à medida que a Suprema e Cortibel foram se tornando acessíveis. “As novas espécies vão aparecendo e a gente pode decidir se quer trocar. Eu preferi investir na Suprema por causa do tamanho do fruto, da qualidade e da resistência da planta. Além disso a separação dos frutos é muito fácil, nós separamos em duas caixas diferentes apenas, uma com goiabas grandes e outra com frutos menores. Esse processo agiliza muito o tempo de colheita e diminui a quantidade de mão de obra empregada”, observou o produtor.

 

Atualmente, Edson Corrêa cultiva três hectares de goiaba Suprema e 0.8 ha de Cortibel. A estimativa do produtor é colher 21 toneladas de Suprema até o fim da safra. O fruto já tem destino certo, parte fica no DF e a outra vai para Goiás e Mato Grosso.  Para todo o processo de cultivo e colheita, Edson conta com a força de trabalho de quatro trabalhadores rurais e da esposa Vanusca Marques.

 

Ao longo dos 27 anos de casamento, Vanusca acompanhou a transição das cultivares e afirma que a mudança resultou numa produção com muito mais qualidade para o consumidor. Nesse processo, o auxílio da Emater-DF tem sido fundamental para a definição do fornecedor das mudas, nas dúvidas sobre o manejo, adubação e controle de doenças. “Quando a gente está no auge da preparação até chegar à colheita, que demora uns seis meses, às vezes surge um problema que a gente não consegue detectar, que ficou do ano anterior e aparece no ano seguinte. Nesse caso, a gente recorre à Emater-DF que tem o conhecimento técnico para a solução”, afirmou Vanusca.

 

 

 

Para a extensionista rural do Escritório da Emater-DF em Brazlândia, que também atende a propriedade, Nadja de Moura Pires Oliveira, a prosperidade do casal tem respaldo na dedicação ao cultivo da fruta, que compreende fazer a poda correta e tempo correta, adubação, irrigação e o controle de pragas de acordo com as orientações técnicas, além da introdução das novas cultivares, que são mais produtivas.

 

“A goiaba lidera o ranking de frutas no DF porque houve o aumento da área plantada, que se deu não só pela migração de outras culturas para a goiaba, mas pelo manejo precisar de um número menor de mão de obra e da disponibilidade das novas cultivares na região, mais resistentes e produtivas. Nós explicamos as vantagens de cada espécie, assim como o uso do porta-enxerto BRS Guaraçá, mas a decisão é do produtor, que define de acordo com a sua preferência, condições de investimento e mercado que deseja acessar. Nossa função é levar o conhecimento”, declarou a extensionista.

 

Edson e Vanusca estão adquirindo 600 mudas de Suprema com porta-enxerto BRS Guaraçá e vão receber as plantas durante a Festa da Goiaba. A decisão foi pela resistência delas às nematóides.

 

Festa da Goiaba

 

Promovida pela Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão com apoio Associação Cresce-DF, da Emater-DF, da Administração Regional de Brazlândia, da Secretaria de Turismo do DF e da Polícia Militar do DF, a 9ª Festa da Goiaba acontece nos dias 5 a 7 e 12 a 14 de abril, em Brazlândia, com o objetivo de divulgar a produção de goiaba da região e promover a integração entre os produtores e trocar informações técnicas de cultivo.

 

Durante o evento, os visitantes poderão participar de festival de gastronomia e comprar a fruta e derivados, como geleias, doces, tortas, sucos e sorvetes. Além disso, no espaço Florabraz haverá exposição de flores e plantas ornamentais, além da comercialização de artesanato.

 

Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.


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